Quem nunca pensou em intercâmbio? Querer botar a mochila nas costas e o pé no mundo. De quebra, aprender ou aperfeiçoar outra língua, fazer cadeiras da faculdade ou outros cursos.

Cada vez mais programas de intercâmbio, que abrem esse leque de possibilidades, têm feito brilhar os olhos de quem sonha alçar voos mais altos.

O intercâmbio é bem menos complicado do que pode parecer e viajar pode ser a melhor das experiências se for bem organizada e planejada.

Laís Camboim optou por fazer intercâmbio durante a graduação (chamado de mobilidade acadêmica), fazendo cadeiras do curso no exterior.

No final das contas, não tem mistério: basta colocar tudo na ponta do lápis (teclado do computador ou do smartphone).

Você tem esse sonho e nem sabe por onde começar? Confira o que é o intercâmbio e do que ele se alimenta:

Intercâmbio: #comofaz?

Existem agências específicas que só trabalham com esse tipo de viagem, seja estudo de Língua Estrangeira (para diferentes idades), cultural ou para realização de cursos diversos.

Universidades costumam contar com agências próprias ou setores que tratam de assuntos de internacionalização. Se você está cursando a Graduação ou Pós-graduação e sonha com a viagem, vale a pena conferir os programas de intercâmbio disponíveis em sua universidade.

Quanto tempo dura um intercâmbio?

Depende muito do objetivo da viagem. Se você for estudar alguma língua diferente, para a maioria das agências que oferecem esse tipo de serviço o tempo é de 3 a 5 semanas. Para intercâmbio de estágio o mínimo é 3 meses, podendo se estender a 1 ano, por exemplo.

Como escolher o destino?

Muitos pacotes de intercâmbio já contam com opções ou destinos definidos para casos determinados, como estágios e cursos de idiomas.

Por ora, fica a dica da Laís, que optou por Portugal: a língua falada no país de destino e a Instituição onde irá estudar são diferenciais.

“Poderia aprender, nas disciplinas, coisas específicas do meu curso. Sendo em Português, já seria meio caminho andado, explica Laís.

Atualmente, os mais procurados são Canadá, Estados Unidos, Inglaterra, Austrália e Irlanda.

Quanto cu$ta?

Assim como existe a diversidade de destinos, existe a diversidade de valores. O tipo de viagem, de acomodação, das instituições de ensino ou atrações culturais influenciam diretamente no investimento que será feito.

Contudo, existem bolsas de mobilidade acadêmica que custeiam integral ou parcialmente o intercâmbio, inclusive que isenta o aluno a pagar as mensalidades da universidade enquanto estiver em viagem.

Onde ficar?

Laís ficou no alojamento da universidade, no próprio campus. Era mais barato em comparação aos imóveis da região e não gerava gastos de deslocamento.

Quem não conta com essa barbada pode explorar outras possibilidades mais em conta, como dividir apartamento com outros estudantes, alugar quarto em casa de famílias conveniadas com os programas de intercâmbio contratados ou hostels (dependendo do tempo de duração do intercâmbio, vale a pena).

E a burocracia?

ANTECEDÊNCIA. Não existe receita de bolo para isso, mas ficar ligado nos editais de mobilidade acadêmica, nos prazos determinados pelas agências e prever um tempo vago para providenciar documentos pode ser libertador.

Em geral, ninguém escapa do passaporte (que continuará servindo para outras viagens internacionais que você quiser fazer, além do intercâmbio) e do visto. Se for durante a facul, vale a orientação da Laís:

– Carta de aceite da Universidade,

– Previsão da localização de alojamento,

– Seguro saúde (eles aceitam o PB4, que é gratuito e emitido no ministério da saúde brasileiro),

– Atestado de antecedentes criminais,

– Comprovação de renda,

– Comprovante de residência (porque depois enviam o visto pelo correio, colado no passaporte)

Fechando a mala: o que levar?

Dinheiro: o dinheiro pode ser levado em espécie ou em Travel Money (adquirido nas operadoras de cartão de crédito). Além disso, pode-se utilizar uma conta bancária brasileira habilitada para uso internacional e cartão de crédito internacional. A sugestão é que se verifique a opção que terá uma menor variação cambial e menor incidência de impostos.

Palavra de intercambista: “No aeroporto, normalmente as taxas são muito altas para o câmbio, se trocasse pelo menos algum dinheiro aqui, antes de ir, eu poderia acompanhar o valor da cotação dia a dia e procurar pelas casas de câmbio com menor taxa”.

Bagagens: existem mitos e verdades sobre bagagens. Sempre vale conferir o que a ANAC está considerando no momento em que você for viajar. Porém, prevenir nunca é demais.

– A Laís levou receita médica de todos os remédios, mesmo que não sejam exigidos no Brasil,

– Levou uma pastinha com os documentos de identificação e do aceite da universidade, caso fosse solicitado na migração

– Dependendo do eletrônico a ser levado, ela diz ser importante ter a nota fiscal a mão

– Para ela, identificar a mala é sempre bom. Ela colocou detalhes na mala, para que fosse identificada rapidamente

– Ela levou os objetos de maior valor (como computador, dinheiro, câmera fotográfica) na mala de mão, para minimizar a possibilidade de extravio

– Levar um casaco e mudas extras de roupa na mala de mão também é indicado para o caso de imprevistos. Aquela meia quentinha para vestir durante o voo noturno pode tornar a viagem bem mais agradável.

E os looks? O segredinho é pesquisar sobre o destino, a estação do ano que será e o tipo de clima que faz em cada período. Com a palavra, Laís: “tentei levar roupas coringas para a estação. É importante lembrar que muito peso na mala também dá mais trabalho nos deslocamentos e não sobra muito espaço para trazer o que for adquirido na viagem”.

Intercâmbio cultural durante intercâmbio de estudos?

Sim, pode muito! É muito comum e interessante, inclusive em termos de conhecimento e aprendizado, encaixar ou estender a permanência para a realização de passeios. O mais recomendado é que sejam planejados com antecedência, uma vez que significam custos para o viajante.

Viajar e trabalhar. Pode?

Essa opção existe e o mais indicado é que seja cuidadosamente pesquisada e articulada antes de partir para o destino, pois requer documentos específicos para a atividade legal.

Conhecimento nunca é demais!

É muita informação, não é? Porém, para fazer o intercâmbio dos seus sonhos, é necessário dar o primeiro passo e conhecimento nunca é demais.

Confira o blogpost Estudar no exterior: 6 passos para fazer intercâmbio e saiba o que é necessário para colocar todas essas dicas em prática e embarcar nessa viagem de conhecimento.