Estudar fora é uma escolha que traz muitos benefícios. Viajar é muito bom – e “ai” de quem diga o contrário! Viajar e voltar com a bagagem lotada de conhecimentos, experiências e histórias para contar é melhor ainda.

Existem muitas formas para juntar o útil ao agradável. Uma delas é visitar o lugar dos seus sonhos e, de quebra, aprender ou aprimorar uma nova língua.

Outra delas é fazer a faculdade ou parte da faculdade em outro país. Ou, quem sabe, fazer uma pós-graduação?

Conhecer pessoas de outros países, ter novas perspectivas para a carreira que você quer construir, ver a vida de um jeito diferente…

A experiência internacional conta muito como uma vantagem na hora de se inserir no mercado de trabalho.

Nessa linguagem (quase) corporativa, isso quer dizer que, além de carimbar o passaporte, estudar fora também carimba uma super referência no currículo para aquela vaga de emprego que você sonha desde o primeiro semestre da graduação.

Ainda não está na faculdade? Então aproveite este conteúdo para conhecer as  portas que a graduação abre para estudar fora do país.

Se você já está na graduação ou cursa pós-graduação e quer buscar novos horizontes para a sua formação, o mundo é o seu destino, meu caro.

Afinal, o mundo é grande e não existem fronteiras para o conhecimento. Bora viajar e aprender?

O primeiro passo é sair da zona de conforto. Informe-se sobre as possibilidades para botar o pé na estrada – voar, navegar – rumo àquela que pode ser uma das melhores experiências da sua vida.

Quais são os benefícios de estudar fora?

O mundo é imenso. É injusto não conhecê-lo o bastante, juntamente com a sua diversidade científica e cultural. Os benefícios já começam por aí.

Ao estudar fora, você se insere num contexto completamente diferente, embora possa parecer muito parecido: língua, costumes e até a forma de aprender é diferente.

Conheça alguns benefícios que estudar fora pode proporcionar:

Idioma

Mesmo que você não queira viajar com o objetivo aprimorar o idioma, isso acaba acontecendo.

“Mas eu pretendo ir a Portugal”. Ótimo! No entanto, a possibilidade de interagir com colegas de diferentes lugares do mundo é imensa. Assim como a possibilidade de conhecer outros países a partir do seu país de destino.

Além disso, não esqueça: o português do outro lado do Atlântico é bem diferente do que o português que estamos acostumados.

De qualquer forma, ter um segundo (um terceiro, um quarto…) idioma já é requisito para a maioria das vagas de emprego. Para quem deseja seguir na área da pesquisa, principalmente.

Vale lembrar!

Estudar em escolas em idiomas (e ver série estrangeira sem legenda, quem nunca?) já é muito bom. Mas ter a experiência raiz, num país onde é a língua oficial, é diferencial.

Formação integral

Essa é a parte da sua formação pessoal. O mercado de trabalho valoriza cada vez mais a formação integral. O que é isso?

Essa palavra também vai para o caderninho de termos sofisticados que podem ser facilmente resolvidos.

Quer dizer que, além de ter um olhar diferenciado sobre o seu curso, você aprende a ter visão de mundo: a ser aberto para novos conhecimentos e somar experiências dentro e fora da sala de aula.

Lembra da vantagem competitiva? É isso.

Rede internacional de contatos

Aquele contatinho que merece ser salvo com nome e sobrenome na sua agenda, sabe?

Estudar fora tem esse benefício único que é apresentar o mundo através das pessoas. Seja um colega do próprio país, professores, ou outros estudantes estrangeiros.

As trocas em sala de aula, em trabalhos e pesquisas, podem resultar em grandes parceiros para a vida toda. Conhecidos podem se tornar referência na hora de buscar alguma novidade na sua área ou até mesmo se tornar conexão entre você e outros estudantes e profissionais.

Como estudar fora?

Quando alguém fala que vai estudar fora do país, já imaginamos o glamour de estudar respirando ar gringo. Claro que não podemos esquecer dos possíveis perrengues da viagem. Mas, calma, vai dar tudo certo!

O que não faltam são possibilidades de estudar fora. Fazer um intercâmbio de estudo e adquirir experiência no exterior é para todas as idades, gostos e estilos.

Curso de Idioma

Inúmeros estudos debatem quando as pessoas têm mais facilidade para aprender um novo idioma. Já o mercado de trabalho afirma: não existe idade certa para isso. Aliás, sempre é tempo para isso.

As opções de idiomas são tão extensas quanto os destinos para estudar uma língua diferente. A Língua Inglesa, conhecida como a Língua Universal, é usada em todos os cantos do mundo.

Mas também tem aumentado a procura por cursos diferentes, como o Mandarim, por exemplo.

High School

Adolescentes entre 14 e 17 anos podem estudar fora no modelo de High School. O estudante passa entre 1 e 2 semestres do ensino médio no exterior, em uma escola pública ou privada, dependendo do país.

Por ser jovem, fica mais fácil aprender o idioma do país de destino sem dificuldades. Interagir com outros alunos da mesma idade também ajuda.

Formação Profissional (graduação e pós-graduação)

Para os maiores de idade, a partir de 18 anos – levanta a mão quem está nesse grupo e é universitário ou pós-graduando!

O intercâmbio durante a graduação também é conhecido como graduação-sanduíche. Não, não é de comer, mas ajuda a saciar a fome de cultura e conhecimento de muitos alunos.

Trocar ideias com pessoas de outros lugares do mundo que pretendem seguir a mesma profissão, conhecer novas possibilidades de atuação e o olhar internacional sobre a área são algumas das possibilidades desse tipo de intercâmbio.

O mesmo vale para cursos de pós-graduação. Eles podem ser feitos integralmente no exterior ou na versão sanduíche. Cursos cursos de pós-graduação e eventos de pesquisa científica também são muito procurados.

Estudo + Trabalho

Trabalhar legalmente nos países destinos é possível. Existem programas como o famoso Au Pair.

Pelo Programa, o estudante é acolhido por uma família local em troca de serviços como cuidar das crianças da casa e ajudá-las nas suas tarefas, por exemplo.

Essas tarefas acontecem no contraturno dos estudos, afinal, a prioridade da viagem para estudar é o estudo. O serviço, é claro, é remunerado.

Buscar um emprego e atuar por conta também é possível, mas requer documentos específicos para cada país. Antes de partir, vale pesquisar as leis trabalhistas locais para estrangeiros.

Estudar fora durante a faculdade

Germano Favin é estudante de Engenharia Ambiental na Universidade La Salle e fez Mobilidade Acadêmica na Corporación Universitaria Lasallista, em Medellín, na Colômbia.

Confira o que ele achou da experiência:

“Com o intercâmbio passei a enxergar minha formação de um jeito novo, pois é possível observar um método diferente de ensino ao que estamos acostumados no Brasil. Agregando isso a ter que aprender em outro idioma somou muito a minha vida profissional. Digamos que você passa para um próximo nível em questão de aprendizado, depois que você volta, aprender fica até mais fácil.”

Vale a pena?

Douglas Varerea é formado em Engenharia Ambiental e hoje cursa mestrado na Universidade La Salle. Quando estava nos últimos semestres de curso, embarcou para um intercâmbio também na Colômbia.

O destino não era a sua primeira opção. Ele mirou na Europa, mas como o Dólar estava em alta, refez o trajeto e acabou acertando em cheio no país latino. No final das contas, não poderia ter sido melhor.

A organização e planejamento fizeram toda a diferença. As mudanças de plano valeram a pena? Vejam vocês:

Quem pode estudar fora?

Idade não é o problema. Como já vimos, existem programas de intercâmbio para todas as fases da vida, gostos e estilos. Algumas agências oferecem pacotes especiais para crianças a partir dos 10 anos.

Tem opções para os mochileiros da terceira idade. Ou você acha que esse público também não estuda fora?

As maiores buscas de brasileiros são pelos cursos de línguas, seguido pelos cursos de pós-graduação, enquanto a busca pelos cursos de graduação cresce cada vez mais.

Diferentes intercâmbios têm requisitos distintos. Claro, nada que uma boa agência especializada na área não esclareça.

O importante, aqui, é você saber que não se é jovem ou velho demais para realizar sonhos <3

As agências e universidades costumam orientar muito bem os estudantes sobre esses processos.

Nesse sentido, se você tiver dúvidas sobre quem procurar para começar o intercâmbio e tiver a sorte de já estar inserido numa faculdade ou em vias de, pode ver vantagens.

Como se organizar para estudar fora

O que é fundamental, antes e para além de qualquer expectativa, é se organizar bem: definir o que quer estudar, onde estudar, os documentos necessários, quanto isso tudo vai custar e por aí vai.

Para não esquecer de nada, imprima e siga esse chekclist que preparamos especialmente para esse momento <3

Para onde ir?

Se você quer ter uma experiência no exterior é porque provavelmente já ouviu falar de algum curso específico ou de alguma faculdade ou escola que seja referência na sua área. Se for assim, ótimo! Já temos boa parte do caminho andado.

A dica é: abra-se para a palavra internacionalização. Como se faz isso?

No site do Ministério da Educação (MEC), por exemplo, tem uma página com instituições e organizações internacionais que oferecem bolsas para alunos brasileiros (de diferentes idades e escolaridades) e informações sobre #comofaz.

Partir dessas referências é um bom começo para conhecer o território das viagens de estudo. Isso porque existem inúmeras organizações reconhecidas internacionalmente que lançam campanhas de bolsas “aleatoriamente” e com tudo pago.

Favorite as páginas, siga as redes sociais, mantenha-se em contato com a sua faculdade ou escola. Uma mão na roda, inclusive, para ficar por dentro das novidades das melhores oportunidades do destino almejado.

Falando oportunidades, não adianta fazer careta: precisamos falar do planejamento financeiro, sim! Uma viagem de estudos pode significar dias ou anos fora do país. Bora colocar a mão no bolso?

Quanto custa estudar fora?

Chegou a vez daquela parte chata (mas muito recompensadora, juramos!) de como fazer para custear as despesas.

Como dito anteriormente, cursos intermediados pelas universidades têm vantagens e facilidades nesse sentido. Existem bolsas internas de estudo e condições especiais de pagamento.

Alguns cursos de graduação e de pós-graduação, inclusive, já preveem viagens de estudos no exterior nos próprios currículos.

Ok, viagens não caem do céu. Contudo, a possibilidade de estudar fora com tudo pago é real – a página de bolsas para brasileiros, no site no MEC, é um ótimo ponto de partida para ficar de olho nessas oportunidades.

Vale frisar, porém, que as instituições têm formas diferentes de ingresso e de como validar o custeio dos estudos. A novidade é que a nota no ENEM já é considerada por universidades de vários países. Barbada, não é? Você pode utilizar a nota do exame para se inscrever diretamente na universidade que deseja.

Canadá, Estados Unidos e  Austrália, que estão entre os 5 países mais procurados por brasileiros para fazer intercâmbio, são alguns desses destinos que oferecem cursos gratuitos.

Já Portugal, que tem figurado o ranking dos países com o maior crescimento da presença de brasileiros nos últimos anos, já aceita a nota do ENEM em vários programas.

Quais são os tipos de cursos que posso fazer?

Tem programas específicos para diferentes públicos que queiram estudar fora? Tem. Tem diferentes cursos? Tem, também.

Entre as opções de cursos estão:

  • Aperfeiçoamento de língua estrangeira
  • Técnicos
  • Profissionalizantes
  • Graduação (tecnológicos, bacharelados e licenciaturas)
  • Pós-graduação (mestrado, doutorado e pós-doutorado)

O intercâmbio durante a graduação é super comum e recomendado como experiência complementar à formação profissional. Estudar fora durante mestrado e doutorado, então, nem se fala!

“Estar em contato com outras culturas favorece o desenvolvimento de habilidades de relações interpessoais, empatia, alteridade e amplia a visão de mundo”, explica Emanuele Barbosa, do Centro Internacional e Hospitalidade da Universidade La Salle.

Ela acompanha de perto todos os processos de intercâmbio feitos na Universidade. Por isso, com toda a experiência na área, dá uma dica: “profissionalmente falando, o estudante tem a oportunidade de adquirir conhecimentos sobre a sua área de estudos sobre uma nova perspectiva”.

Existem programas específicos para conciliar essa experiência no exterior com a formação acadêmica e com a experiência profissional.

Você pode fazer disciplinas ou projetos fora do país, matriculado em uma instituição brasileira.

Outra opção é fazer o curso inteiro fora do país, matriculado em uma instituição estrangeira, e validar o diploma quando retornar.

“Quer dizer, então, que eu posso fazer um curso inteiro no exterior ou só uma parte dele?”

Isso, exatamente isso. Cola aqui que já vamos explicar .

O que é a graduação-sanduíche?

Estar matriculado numa universidade brasileira e fazer uma parte da graduação no exterior já é uma realidade para alguns estudantes.

O intercâmbio durante a graduação também é conhecido como graduação-sanduíche. Não, não é de comer, mas ajuda a saciar a fome de cultura e conhecimento de muitos alunos.

Dependendo da universidade e da parceria, você pode estudar até 2 anos no exterior e ainda se formar na sua universidade de origem no Brasil.

Existem bolsas de mobilidade acadêmica (graduação e pós-graduação) que custeiam integral ou parcialmente o intercâmbio. Em alguns casos, até isentam o aluno de pagar as mensalidades da universidade enquanto estiver em viagem.

Tem tempo máximo?

Depende muito do objetivo da viagem. Se você for fazer um curso de idiomas, a maioria das agências oferece programas entre 3 e 5 semanas. Para intercâmbio de estágio o mínimo é 3 meses, podendo se estender a 1 ano, por exemplo.

Os intercâmbios dentro da faculdade costumam acontecer por semestres, seguindo o modelo curricular de organização.  Dependendo do modelo (se for por algum programa de bolsas do governo ou das faculdades, por exemplo), a mobilidade acadêmica pode ser renovada ou estendida.

 

Já fique ligado dessas possibilidades antes de ir! Essas manobras costumam envolver questões financeiras e burocráticas.

Se você optar por fazer uma faculdade inteira no exterior, aí serão necessários alguns trâmites diferenciados. Caso não tenha vínculo com universidade brasileira, o currículo do curso deve ser validado aqui no Brasil. Caso contrário, não será reconhecido.

Existe uma plataforma do MEC com tudo bem explicadinho sobre como validar o curso. É o Portal Carolina Bori.

Não perco conteúdo aqui?

Eis uma das maiores preocupações de quem pensa em estudar fora. A boa notícia é que não! Se for feito tudo direitinho, você não perde nada. Aliás, só tem a ganhar.

Para garantir o aproveitamento, você precisa assinar um Plano de Estudos com a universidade brasileira e com a instituição no exterior.

Esse Plano é intermediado pela universidade brasileira e faz parte dos trâmites da mobilidade acadêmica.

A mobilidade requer convênio de colaboração internacional entre as instituições de ensino. Inclusive, o aluno só é aceito na instituição de destino com a aprovação da faculdade brasileira onde está matriculado.

Então, como funciona a validação das disciplinas?

Não tem mistério. Antes da viagem, o aluno precisa validar com a coordenação de curso as disciplinas que vai cursar no exterior e por qual cada uma será aproveitada aqui.

O processo de validação ocorre de maneira igual a aproveitar disciplinas de outra universidade (em transferência) ou de outra graduação (ingresso como diplomado).

Como a universidade pode ajudar

As universidades costumam contar com agências próprias ou setores que tratam de assuntos de internacionalização.

Veja todas as possibilidades no setor de Mobilidade Acadêmica!

Aí é que mora a barbada. As universidades dominam o assunto e guardam um lugar especial para a experiência internacional dos estudantes.

Em outras palavras, as universidades:

  • possuem profissionais que trabalham exclusivamente para encaminhar processos de Mobilidade Acadêmica (anote, porque esse nome vai para nosso caderninho também).
  • contam com parcerias com instituições pelo mundo, o que facilita muito o encaminhamento de documentos e validação das disciplinas quando retornar.

 

Como levar dinheiro?

O dinheiro pode ser levado em espécie ou em Travel Money (adquirido nas operadoras de cartão de crédito).

Você também pode utilizar um cartão de crédito internacional – lembre-se de habilitar.

Pesquisa sempre a opção que terá uma menor variação cambial e menor incidência de impostos. Ou seja, aquela opção que será mais vantajosa para você.

E aí, a mala já está pronta?

Agora que você chegou até aqui e tirou as suas dúvidas, não deu ainda mais vontade de viajar?

Pezinho no Brasil e a cabeça lá longe, além-mar ou em terras mais próximas, mas cheias de experiências esperando por você. É bom você já ir preparando o cartão extra de memória. Momentos para registrar não vão faltar 😉